1º Assunto em Pauta debate a fraude nas empresas e discute como o RH pode evitar o problema.
“Vigiai e orai, pois os tempos são maus” – prevenção é o melhor remédio contra fraude diz especialista.

Dois especialistas debateram o problema: Flavio Henrique Kirk, pós-graduado em Gestão de Segurança das Organizações pela Universidade Estácio de Sá e Oficial de Segurança Orgânica do Comando Militar do Leste (CML); e Walter Capanema, advogado, consultor, coordenador do Projeto “Combate ao Spam” e professor de Direito Administrativo, Metodologia da Pesquisa e Didática da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).


De acordo com Kirk, somente nos EUA, 6% do faturamento anual das empresas são fraudados ou desviados e lá a fraude é tratada como um problema sério que deve ser combatido. As fraudes, normalmente têm três categorias: sonegação de ativos, declarações fraudulentas e suborno e/ou corrupção. No Brasil, ainda não se dá tanta importância para a prevenção da fraude porque a cultura favorece o modo ilícito de operar, varrendo tudo para de baixo do tapete. “Como as fraudes são muito comuns em meio a setores como Diretorias e Gerências, é normal a cultura do ‘você sabe com quem está falando? ’”, diz o ex militar, o que auxilia este comportamento fraudulento.
Para ele, as origens das fraudes estão nos seguintes aspectos: 1 - Oportunidades, que é o momento de exploração dos pontos frágeis da empresa, onde ela falha é propício para o fraudador; 2 – Motivação, momento que tem a ver com o caráter, falta de valores e de uma estrutura familiar sólida, crença na vantagem ou na impunidade; por fim 3 – Racionalidade que é o uso da inteligência e experiência para cometer a fraude com extrema capacidade de planejar.


Por outro lado, empresas que se preocupam em combater o problema têm isso como uma vantagem competitiva no mercado e os motivos são simples: o RH da corporação dá o suporte para a empresa se diferenciar, pois tem a capacidade para operar em baixo custo por ser uma atividade mais ligada às possibilidades de fraudes. O RH pode contribuir na prevenção da fraude desde o processo seletivo, passando pela análise de desempenho até o desligamento da empresa.
O que pode auxiliar a empresa nessa prevenção é o que Kirk chama de ação corretiva. Segundo ele, trata-se de comparar o que se tem com aquilo que se deseja. Uma fraude se alastra facilmente e quase sempre começa pequena, crescendo assustadoramente. “Uma fruta podre pode estragar todas as outras. O setor de recursos humanos deve ter boa memória para identificar aqueles que já fraudaram a empresa e também traçar suas estratégias em cima dos erros da organização”, afirma.
Outro ponto a ser destacado da primeira palestra é o fato de que muitas vezes um gestor precisa conviver com fraudadores por mais tempo quando a fraude é coletiva porque não podemos demitir todos em massa. É preciso aguardar até que se renove o quadro de funcionários. Outras vezes, quando a fraude é antiga, de certa forma ela mostra negligência do gestor, o que poderá fazer com que ele não queira assumi-la. Entretanto, quanto mais tempo passar e mais tempo ele mantiver o funcionário pior será.

Já o advogado Walter Capanema se manifestou sob o ponto de vista jurídico dizendo que cometer fraude é algo muito fácil e a certeza da impunidade a impulsiona. Para ele, é um erro das empresas atuarem de maneira repressiva e quase nunca preventiva. O setor jurídico é sempre o repressor, mas é o RH quem conhece a empresa e sua cultura. “Normalmente é dinheiro que a empresa perde, mas com isso ela perde estratégias fiscais e empresariais e outros segredos”, disse. O prejuízo anual dos EUA com fraudes é de 50 bilhões de dólares, de acordo com Capanema, que citou o exemplo do IPhone esquecido em um bar pelo funcionário da APPLE.

Para finalizar, o especialista avisa aos setores de RH que ao contratar funcionários, fique atento em checar seus dados na internet, verificar quais são as comunidades que ele se alistou e como ele se revela publicamente e se ele aceita com facilidade ou não a autoridade. “Quem não sabe diferenciar o público do privado pode ser um futuro fraudador”, afirma Walter. Citando frase bíblica, Walter diz que devemos sempre nos lembrar da máxima “Vigiai e orai, pois os tempos são maus”, ou seja, a prevenção ainda é o melhor remédio.
Zeta Probus – Comunicação e Marketing
Aline Souza – 3553-2453
Zeta Probus – Comunicação e Marketing
Aline Souza – 3553-2453
3 comentários:
Gostei muito do seminário, parabéns pela qualidade dos palestrantes.
A apresentação do Capanema foi muito explicativa e didática.
Parabéns!
Que bom que tenha gostado do 1º Assunto em Pauta! Em breve haverá mais palestras igualmente interessante!! Nos siga no Twitter para ficar por dentro (@grupoprobus) e não deixe de conferir nossas novidades aqui no BLOG!!
A Grande sacada é aprender ser ético no dia a dia, sendo assim, todas as fraudes serão evitadas, das pequenas às grandes!!
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