27 agosto 2010

BUSCA RH realiza Fórum entre empresas para debater remuneração

Texto: Aline Souza
Fotos: André Garzuze e Rosana Freitas



As estratégias de remuneração para uma política de recursos humanos mais engajada com seus funcionários foi o que norteou as discussões e palestras do 1º Fórum de Remuneração e Benefícios do Busca RH, ocorrido nesta quinta-feira (26/8). Magda Hruza esclareceu questões sob o ponto de vista jurídico que envolve as leis trabalhistas e disse que a participação nos lucros das empresas é desvinculada da remuneração. “Remuneração é o que recebo pela prestação de serviço, já o contrato é a venda de horas trabalhadas”, disse ao explicar que a nossa CLT data do ano de 1943, quando ainda não existia o oferecimento de benefícios, cenário bem diferente no ano de 2010.

Magda lembrou a diferença entre os salários existentes e seus significados. O salário fixo é o valor devido pelo empregado definido em contrato ou trabalho vinculado à presença dele na empresa; o salário base é o contratual; o salário mínimo é o defendido pela Lei; existe ainda o piso salarial que é estadual e instrumentos coletivos de trabalho e o salário profissional é aquele regido pela lei de profissões que as regulamentam (exclusivo). De acordo com ela, não é permitido pela lei pagar salários só em utilidades ou benefícios. É necessário ao menos 30% em dinheiro de moeda nacional e os restantes 70% em utilidades.


Também é habitual atualmente dar bônus como premiação, entretanto se trata de um episódio eventual e eles dependem de assiduidade, produção, qualidade e eficiência. Outro ponto levantado pela advogada Magda (foto) é que o empregado que conhece bem seus direitos negocia melhor seu contrato de trabalho e, além disso, está consciente do seu valor e de sua contribuição para a empresa crescer. “Ter reconhecimento pelo trabalho exercido na empresa é tudo para o empregado, assim ele se torna comprometido. Não há empresas sem empregado e não há empregados sem a empresa”, disse a palestrante quando finalizou enfatizando a parceria e a colaboração necessárias a uma boa gestão.

Sobre a palestra de Dra Magna, a representante da empresa EXPRO, Cristine Fricke (foto) disse que o conteúdo foi transmitido de forma clara e objetiva. “Tirei minhas dúvidas, mas fiquei alerta para outros problemas que podem vir no futuro e eu poderei evitá-los como exemplo a questão de gratificação de função”, disse. Já Bruno Nunes, do RH da TV Record, afirmou que aprender a parte jurídica na prática é muito importante para que sejam cumpridas as remunerações dentro da Lei.

Na segunda palestra do dia Solange Santana (foto), com sua simpatia, mostrou que líderes precisam inspirar seus liderados com gestão humanizada e um RH estratégico e parceiro. Ela citou vários exemplos de sua empresa, a Queiroz Galvão Óleo e Gás, para mostrar que incentivar a formação de equipes é crucial. “Não adianta fugir, o melhor é investir em treinamento e capacitação do que ficar trocando de funcionário toda hora” disse. Um de seus exemplos foi sobre os custos de treinamentos. “Paga-se o salário, o treinamento e a hora que o funcionário passa no treinamento se este acontecer fora do seu horário de trabalho”, esclareceu.

Na seqüência o diretor da Wiabiliza, Jorge Ruivo (foto), iniciou sua fala perguntando o que é um RH estratégico. Ele mesmo respondeu que é principalmente não ser um gestor de cargo, mas sim um gestor de pessoas, é entender o negócio da empresa, estar antenado a cada estratégia, criar um time na equipe e conseguir resultados por meio das pessoas. Jorge afirmou que “não é fácil ser transparente. Se prometeu, cumpra! Não cumprir queima a confiança interna”, disse. Afinal de contas, disse Ruivo, fidelidade com o gestor não se compra com dinheiro, este último vem por competência.

Outra importante afirmação do palestrante foi a de que admitir e demitir um funcionário custa para uma empresa 4 vezes mais o salário nominal pago para ele. OU seja, “o apagão de mão de obra é real e logo não vamos mais ter mão-de-obra qualificada. Para evitar isso só mesmo com investimentos em capacitação, pois fica mais barato do que a rotatividade”, afirmou.

Para finalizar o dia do segmento de Recursos Humanos e suas novas tendências em remuneração, Denise Rodrigues (foto), representante da COFIX, mostrou que os principais pontos que norteiam sua gestão são as oportunidades de carreira, avaliação por competência, participação por resultado, indicadores organizacionais comprometidos e engajamento para que o funcionário esteja conectado com as responsabilidades das metas. “É preciso valorizar os relacionamentos com criatividade e inovação, incentivar as idéias é essencial e inclusive pagar por elas”, disse. Além disso, Denise ainda mostrou o perfil da empresa dos sonhos sendo aquela que oferece bom salário, bom ambiente de trabalho, qualidade de vida para o funcionário, crescimento profissional e que tenha uma boa imagem no mercado.

Andrea Abdala de Carvalho (foto), do grupo CCAA, disse que sai do evento renovada porque teve a consciência do RH estratégico. “Foi emocionante ver o presidente da COFIX erguer o laptop para que todos vissem seu vídeo já que ele não passou no telão”, afirmou. Isso sim é vontade e valorização humana de cima para baixo!



Veja mais fotos abaixo:



Antonio Carlos (wiabiliza), Antoniel Bastos (Busca RH), Bruno Nunes (TV Record)


Público presente que lotou o auditório da Zeta EVENTOS e Cursos Corporativos



Magda Hruza e Solange Santana respondem perguntas do público



Denise Rodrigues e Jorge Ruivo falam sobre suas palestras.


MAIS FOTOS AQUI


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